VANTs ganham expressividade no cenário nacional

Os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) já mostraram o quão podem ser equipamentos eficientes na área de segurança e defesa, no Brasil. Exemplos deste fato não faltam; vão desde o uso em desastres naturais até controle e monitoramento de fronteiras. Além disso, são equipamentos com custo baixo, em relação à aerofotogrametria. Porém, o uso dos VANTs no Brasil tem demandado cuidados especiais, especialmente devido à falta de uma legislação específica para a execução de voos sobre áreas densamente habitadas, como por exemplo para o mapeamento urbano.

Para Gabriel Santiago de Mello, diretor comercial da Somenge, empresa especializada na importação de veículos aéreos não tripulados, a atenção maior está na regulamentação dos voos, tema já discutido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “A procura pelos VANTs é altíssima e o mercado tem aceitado muito bem esta nova tecnologia. A atenção maior está no voo, que precisa de cuidados com as regras que serão publicadas pelos órgãos responsáveis em breve. Neste tempo a Somenge vem se estruturando com sua equipe técnica treinada pelo fabricante e preparando o local adequado para os treinamentos, visando atender o exigente mercado nacional de mapeamento”, conta.

Há várias empresas nacionais que investem maciçamente nos VANTs. Um exemplo é a área de Sensoriamento Remoto (SR), antes restrita a grandes projetos, e que começa a ganhar espaço em trabalhos com menores orçamentos, devido aos baixos custos das plataformas. “Podemos citar o uso de dados de SR por VANTs pela defesa civil para ações preventivas, de socorro (rápida mobilização) e reconstrutivas. Outro exemplo seria o uso mais abrangente da agricultura de precisão no meio rural”, explica Karlus de Macedo, gerente de projetos da Orbisat da Amazônia .

Muito além do mapeamento

No final de 2011, foi firmada uma parceria entre o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), do Exército Brasileiro, e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC) para o desenvolvimento de uma aeronave não tripulada de altíssima tecnologia, a fim de monitorar as fronteiras do país. O VANT utilizado no projeto foi desenvolvido em parceria com a empresa AGX, de São Carlos (SP).

De fato, os VANTs estão invadindo, mesmo que a passos curtos, o território brasileiro, seja na área de defesa e segurança, ou para uso comercial. A expansão no uso desses aeromodelos depende, agora, do processo de regulamentação da Anac, em andamento, mas sem data específica para uma decisão final.

O evento MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012, que acontece nos dias 29, 30 e 31 de maio no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP), irá reunir várias empresas do setor de VANTs, além de contar com um seminário sobre o assunto (https://mundogeoconnect.com/2012/grade/seminario-vants-aerofotos/).

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