A camada ionosférica é a principal fonte de erro sistemático no posicionamento pelo GNSS (Global Navigation Satellite System), e está relacionada com o Conteúdo Total de Elétrons (TEC), presente na ionosfera, que por sua vez, é influenciado por diversas variáveis: ciclo solar, época do ano, hora local, localização geográfica e atividade geomagnética. Os receptores GPS (Global Positioning System) e GLONASS (Global Orbiting Navigation Satellite System) de dupla frequência permitem calcular o erro que ocorre nas observáveis GNSS e o TEC. Com taxa de variação do TEC (ROT – Rate of TEC) pode-se determinar vários índices que indicam irregularidades da ionosfera, permitindo assim fazer inferências sobre o comportamento da mesma. Atualmente é possível realizar estudos dessa natureza no Brasil graças às diversas Redes Ativas disponíveis, onde se destaca a RBMC (Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS), que disponibiliza dados de mais de 90 receptores e que possibilitam estudar o comportamento da ionosfera na região brasileira.
A pesquisa visa à estimativa e análise das irregularidades da ionosfera, por meio de índices obtidos com dados GNSS da RBMC. Além de suprir as geociências de informações concisas e coerentes sobre o comportamento da ionosfera.