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RBMC: Avaliação da Qualidade dos Dados e Possibilidade de Uso no Posicionamento em redes

Nos últimos anos é cada vez maior o interesse em utilizar estações de referência que coletam dados GNSS (Gobal Navigation Satellite System) continuamente. A densificação das redes de estações de referência tem viabilizado a aplicação de técnicas de posicionamento, como o posicionamento relativo ou mesmo o posicionamento baseado em redes, também denominado RTK (Real Time Kinematic) em rede. Em países como os Estados Unidos, Japão, Alemanha etc, as redes de estações de referência são altamente densificadas, mas essa não é a realidade do Brasil.

No Brasil, a RBMC (Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo) possui cerca de 88 estações, que é um número pequeno para a extensão territorial brasileira. Nesse artigo, o objetivo é realizar algumas análises relativas à qualidade dos dados das estações GNSS da RBMC e verificar a possibilidade do uso dessas estações no posicionamento baseado em redes. Para avaliar a qualidade desses dados foram geradas séries temporais de MP1 e MP2 com vários anos de observações diárias de algumas estações da RBMC (Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo).

Com essas séries é possível verificar, dentre outros efeitos, o impacto da troca de receptor, antena ou mesmo atualização de firmware na qualidade dos dados, além de efeitos sazonais (determinados através de ferramentas estatísticas) e suas possíveis causas. No que tange a aplicação do posicionamento em redes na RBMC, foram realizados experimentos para verificar o impacto na qualidade dos dados de uma VRS (Virtual Reference Station) com o aumento do espaçamento entre as estações de referência. Essa qualidade é degradada consideravelmente com o aumento da distância entre as estações. Os aspectos teóricos, resultados e análises referentes às séries temporais e posicionamento baseado em redes serão apresentados nesse artigo.