Pesquisadores do Observatório das Metrópoles e da Rede de Pesquisadores Sobre Cidades Medias (ReCime), que possuem núcleos distribuídos por cidades brasileiras, principalmente nas principais regiões metropolitanas, utilizam tecnologias para ampliar a comunicação e a colaboração de pesquisas para fins comparativos de determinados efeitos sociais, econômicos e urbanos em processos semelhantes mas que se desenvolvem em realidades diferentes.
Estas tecnologias se baseiam na criação de servidores de mapas, para atender a necessidade de uma maior integração entre os pesquisadores envolvidos, de forma a reduzir a distância e visando o compartilhamento de dados, uma vez que havia muita informação e pouca sistematização, principalmente em mapas e tabelas.
Ambos os órgãos possuíam grandes bases de dados em formato Shapefile e Excel. Fora então utilizado como plataforma para o desenvolvimento do projeto o software Geonius (http://geoni.us/) da Codium. O maior propósito do servidor para o ReCiMe era integrar os núcleos e facilitar a disponibilização de dados entre os pares. No caso do servidor do Observatório, havia ainda um interesse de divulgação científica dos trabalhos publicados. Ambos exigiam um acesso facilitado sem grande necessidade de conhecimento de SIG e possibilidade de colaborar com mais informações.
O Geometrópoles foi a solução adotada no Observatório (http://geometropoles.net/). Utilizou-se, além da plataforma Geonius, o OpenLayers como motor de visualização. O Servidor ReCiMe foi criado sem motor de visualização próprio. Aproveitou-se o Google Earth como visualizador de dados que eram gerados online em KMZ. Este servidor não foi disponibilizado em público.
Os pesquisadores das redes foram os mais beneficiados no sentido de facilitar seus trabalhos. Os dados estavam disponíveis a todo momento via Internet e um controle de versão dos dados evitavam que houvesse mau uso dos mesmos.
Além disso, ao inserir novas informações, estas eram instantaneamente disponibilizada para o restante da rede. Desta forma, realizavam a pesquisa de modo colaborativo. No sistema, são analisados não apenas o processo de elaboração de tais ferramentas, mas também a implantação e o uso posterior por parte dos pesquisadores envolvidos.
No caso do Geometrópoles, há ainda um outro benefício no sentido de disponibilizar dados de modo estruturado para o público permitindo ser utilizado em rotinas de participação popular nos processos de embate pela reforma urbana e educação cidadã.
Todos os detalhes deste projeto serão apresentados durante Fórum Geoinformação para Cidades Inteligentes, no dia 7 de maio em São Paulo (SP), durante o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2015. Veja as opções de participação na conferência.