Números mostram que diversidade marca o Censo Agro

Recenseadores usam moto ou bicicleta, mas existem lugares em que eles preferem chegar a pé, a cavalo ou até mesmo de barco

censo-agro-logoA diversidade da produção agropecuária é um dos principais desafios para o Censo Agropecuário 2017, que já está no terceiro mês com 47% da coleta realizada.

Um exemplo acontece na serra gaúcha e nas regiões norte e noroeste do estado, onde predominam as pequenas propriedades, com uma grande variedade de produtos, enquanto na metade sul e na região da fronteira oeste encontram-se estabelecimentos maiores, geralmente dedicados à monocultura, tradicionalmente o arroz ou a pecuária.

Essa diversidade afeta a operação censitária no estado. Na coleta das informações, a maioria dos recenseadores usa moto ou bicicleta, mas existem lugares em que eles preferem chegar a pé, a cavalo ou até mesmo de barco.

“Nas regiões de pequenas propriedades familiares, o recenseador tem um número grande de estabelecimentos dentro de uma área menor, o que facilita a locomoção e o tempo de deslocamento entre as propriedades, porém o tempo de entrevista é maior pela diversidade da produção. Já nas áreas de grandes terras, a distância é maior e o número de propriedades é menor, mas são questionários mais rápidos de serem feitos, pois, geralmente, existe apenas um tipo de cultura”, explica o coordenador operacional do Censo Agropecuário no Rio Grande do Sul, Luís Eduardo Puchalski.

Manutenção do jovem no meio rural

Uma preocupação das entidades do setor é referente a manutenção e criação de oportunidades aos jovens no meio rural. Os dados do último Censo Agropecuário já mostravam que o perfil médio dos dirigentes dos estabelecimentos agropecuários gaúcho era de homens entre 45 e 55 anos com ensino médio incompleto.

A superação desse cenário é possível com apoio do Estado para o acesso à saúde e à educação no meio rural, investimentos nos sinais de telefonia e internet, além do aumento na infraestrutura rodoviária.

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Números do Censo Agro 2017

Com ajuda de nove instituições parceiras, o IBGE completou o segundo mês de coleta do Censo Agropecuário 2017 e superou a casa dos 2 milhões de propriedades recenseadas. Até o dia 30 de novembro passado, foram visitadas ao todo mais de 2,2 milhões de estabelecimentos, cerca de 42% do total estimado para o Brasil.

As parcerias são fundamentais para a divulgação do Censo Agropecuário entre os produtores, facilitando a recepção dos recenseadores nas propriedades e conscientizando os proprietários de estabelecimentos sobre a importância de dar respostas precisas aos agentes da pesquisa. Em troca, o IBGE produzirá tabulações especiais para essas entidades, atendendo necessidades que elas tenham de informações sobre o setor.

Uma das parceiras é a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), que representa as cooperativas de produtores rurais por todo o Brasil. O Instituto Pensar Agropecuária, por sua vez, reúne 42 entidades do setor rural, que debatem estratégias para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, dando suporte aos trabalhos da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), formada por deputados e senadores. Enquanto isso, a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares) reúne sindicatos pequenos produtores em todo o país, com mais de 50 anos de existência.

São, ao todo, nove parceiras entre o IBGE e diferentes grupos do setor agropecuário. Além da OCB, da Contag e da IPA, são parceiras do Censo: ANDAV (Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários), ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria de Trigo), ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), CNA (Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil) e FNP (Frente Nacional de Prefeitos).

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