26 de junho – 14h às 19h

Monitoramento dos Biomas Brasileiros: produção e disseminação de dados

O monitoramento da cobertura florestal é uma ferramenta indispensável aos países que adotam políticas públicas para a conservação e preservação de suas florestas. Historicamente, com o desenvolvimento e contínuo aprimoramento de tecnologias de geoprocessamento e sensoriamento remoto, assim como a disponibilidade crescente de dados orbitais, o Brasil tornou-se uma referência no desenvolvimento e uso de sistemas de monitoramento do uso e cobertura da terra, particularmente para florestas.

Desde os anos 70, através do estabelecimento e fortalecimento de parcerias estratégicas, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) tem desenvolvido tecnologias e metodologias para monitorar o território brasileiro que auxiliam ações de fiscalização em áreas ameaçadas de desmatamento, assim como ações de prevenção e combate ao fogo.

Iniciativas de mapeamento e de monitoramento dos biomas brasileiros vêm sendo realizadas no intuito de dotar o governo de dados confiáveis e verificáveis sobre a cobertura vegetal remanescente. As pesquisas e constantes inovações tecnológicas na área de sensoriamento remoto, além de uma maior disponibilidade de dados de diferentes satélites de observação da terra, têm permitido mapear e monitorar a dinâmica do uso/cobertura da terra em escalas local, regional e nacional, sendo primordial no entendimento de padrões espaciais relacionados aos processos de expansão, retração, transição, intensificação, conversão e diversificação da produção agropecuária brasileira.

Entendendo a importância do monitoramento sistemático da cobertura florestal para as ações de combate e prevenção do desmatamento, o Ministério da Ciência, Tecnologia, inovações e Comunicações – MCTIC fomentou o projeto “Desenvolvimento de sistemas de prevenção de incêndios florestais e monitoramento da cobertura vegetal no cerrado brasileiro” que faz parte do Plano de Investimento Brasileiro (BIP) no âmbito do Programa de Investimento Florestal (FIP ), gerido pelo BIRD, cujos aportes de recursos são do Fundo Estratégico do Clima (SCF). O projeto tem como triplo objetivo fortalecer a capacidade institucional do Brasil para o monitoramento do desmatamento, disponibilizar informações sobre riscos de incêndios florestais e contribuir para as estimativas de cálculos de emissão de GEE oriunda do desmatamento e das queimadas no Cerrado.

Os sistemas PRODES e DETER para o Cerrado estão sendo implementados de forma similar ao que tem sido feito na Amazônia. Para monitorar os demais biomas, o INPE e a FUNCATE estão implementando o projeto Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros por Satélites (Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal), financiado pelo Fundo Amazônia, administrado pelo BNDES.

Programação

14h às 14h30 – Abertura
– Luiz Henrique M. do Canto Pereira (Coordenador-Geral de Biomas/MCTIC)
– Ricardo Galvão (Diretor do INPE)
– Bernadete Lange (Especialista Ambiental Sênior do Banco Mundial)
– Leila Fonseca (Pesquisadora do INPE)

14h30 às 16h10 – Painel 1: Monitoramento da cobertura vegetal dos biomas
– Monitoramento Ambiental dos Biomas: importância, estratégias e metodologias. Claudio Almeida (Coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia e demais Biomas do INPE)
– Desafios no Mapeamento da Cobertura Vegetal do Cerrado. Dalton Valeriano (Pesquisador do INPE)
– Estratégias de Validação e Análise dos dados PRODES Cerrado. Laerte Guimarães (Pesquisador da UFG)
– TerraAmazon e TerraBrasilis: tecnologias para produção e disseminação dos dados. Karine Reis (Pesquisadora do INPE)
Mediação: Tasso Azevedo (Coordenador do MapBiomas)

16h10 às 16h30 – Intervalo

16h30 às 17h40 – Painel 2: Prevenção de Risco de Incêndios Florestais e Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa
– Uso de drones para Validação de Dados de Queimadas. Fabiano Morelli (Pesquisador do INPE)
– Modelando o Fogo no Cerrado: dinâmica da biomassa e espalhamento do fogo. Ubirajara Oliveira (Pesquisador da UFMG)
– Uma Ferramenta de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa por Mudanças de Uso da Terra. Talita Oliveira Assis (Pesquisadora do INPE)
Mediação: Alberto Setzer (Coordenador do Programa Queimadas do INPE)

17h40 às17h50 – Encerramento

18h às 19h – Coquetel

Esta atividade tem acesso livre para inscritos nas atividades (cursos, seminários e fórum) e/ou na feira


 

Caso você já seja um usuário dos dados de desmatamento do Cerrado produzidos pelo projeto INPE no âmbito do FIP FM Cerrado, solicitamos, se possível, que preencha uma pesquisa sobre uso destes dados, acessando: http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/cerrado/pesquisa